Seus banhos estão dentro da frequência ideal?
Quantos banhos você toma por semana? Já parou para se perguntar ou para pesquisar sobre a periodicidade ideal deste que é um dos hábitos mais relaxantes dos nossos dias?
Vamos adiantar a resposta, mas ela não é definitiva: um banho a cada dois dias. Esta é a frequência que alguns dermatologistas sugerem como ideal. Mas não pare de girar a torneira do chuveiro sem antes entender o porquê e se essa constância se aplica a todos os casos.
Nossa pele possui um equilíbrio natural entre gordura e bactérias, dupla que garante uma camada protetora ao corpo. Tomar banho remove as bactérias da pele, o que significa que também lava as bactérias que ajudam o corpo a se proteger de infecções.
Para compreender na prática sobre como esse processo funciona, pesquisadores do Centro de Ciências Genéticas da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, realizaram um estudo com os indígenas yanomamis, na Amazônia.
Nesta pesquisa, os cientistas concluíram que limpeza demais pode danificar o microbioma humano, onde há bactérias, vírus e outros micróbios que vivem no corpo.
Os yanomamis, segundo os pesquisadores, apresentavam uma comunidade mais rica de micróbios na pele e maior diversidade de bactérias e funções genéticas do que povos ocidentais.
E a função dessas bactérias é justamente aumentar a imunidade, fazendo os sistemas corporais funcionarem corretamente e protegendo a pele de outras bactérias.
Além disso, quando lavada com muita frequência, a pele não tem tempo de produzir óleo natural, que também é importante para a proteção do corpo.
Por isso, é preciso respeitar um intervalo de 8 horas entre banhos completos (caracterizados pelo uso de sabonete ou sabão em todo o corpo) para que a pele possa conservar a sua barreira protetora.
Na contramão da sensação de bem-estar, água quente e esponjas de banho podem causar mais prejuízos do que vários banhos por dia.
De um lado, a água quente resseca a pele, podendo provocar coceira e inflamações, além de danificar o cabelo, deixando-o seco e opaco.
Já a esponja, que costuma ser guardada no próprio banheiro (ambiente úmido e com pouca ventilação), torna-se um acessório propício para o desenvolvimento de bactérias. O resultado é que você acaba fazendo a higienização com as bactérias removidas nos banhos anteriores.
De acordo com os estudiosos, as mudanças climáticas também interferem na frequência ideal do banho.
No inverno, por exemplo, a recomendação dos dermatologistas é de que se mude as rotinas de banho para a proteção contra a pele seca. Nesta estação, as recomendações são:
Por outro lado, se estiver muito calor e a pessoa transpirar muito, dá para tomar mais banhos por dia, mas o aconselhado é não utilizar sabonete em todas as ocasiões.
Se houver necessidade, devido ao mau cheiro, pode-se lavar com sabão ou sabonete (preferencialmente líquido) as axilas, pés e áreas íntimas em cada banho. Caso contrário, a própria água limpa já é suficiente.
Se banhos muito frequentes podem ser prejudiciais, a falta de uma regularidade para a higienização corporal também é perigosa. O odor, por exemplo, permite que as células mortas da pele, suor e óleo se acumulem na superfície da pele e entupam os poros, podendo desencadear, por exemplo, surtos de acne.
É verdade que não há uma resposta consensual para a frequência ideal dos banhos, mas existem medidas que você pode adotar para cuidar da saúde da sua pele, confira:
Por fim não deixe de comentar sobre os bons hábitos que você já adota em seus banhos e quais vai começar a aplicar hoje mesmo!
